Certa vez, nascida da dor,
Levada da corte de sua nação,
Almejando odiar o que se diz
amor,
Carregava consigo a estrela da
perdição
A donzela de sangue que a
serpente criou
Sob a lua vingativa que sobre ela
brilhava,
Por um ser inanimado se enamorou,
E o mesmo ser a amaldiçoava
Dia após dia comendo a fruta do
pecado
A dama sanguinária que ao
sofrimento servia
Regressou ao reino com o cruel
recado
De que a serpente maldosa com ela
vivia
E o seu povo não aceitou tamanha
desonra
Que a dama em seu ventre trazia
consigo,
Tirando dela toda a honra,
Lançando sobre a mesma o eterno
castigo
A donzela de sangue percorreu os
caminhos
Dos gélidos montes tenebrosos,
Pisando com pesar os venenosos
espinhos
Da terra maldita dos espíritos
odiosos
A donzela maléfica de tantos
martírios
Que amor ao ser sombrio tanto
devotou
Viveu de devaneios, sofreu com
delírios
E a serpente do Éden foi quem a
matou!
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