A rua era de paralelepípedos, mas
a cor predominante era o marrom avermelhado da lama barrenta. A névoa cobria
tudo ao seu redor; nada era visível, mas, de alguma forma, em sua mente
formava-se a imagem do ambiente ao redor, como se já tivesse estado ali antes.
Caminhou até um encontro de duas
ruas, a perna ainda doendo por causa daquele ferimento; a placa na esquina
indicava que viera pela Rua Nove e que a sua frente, perpendicularmente a esta,
estava a Rua Quinze. Dali avistou uma sombra três ruas à frente, no cruzamento
com a Rua Dezoito. Algo o vez permanecer naquela via — mesmo que o perigo fosse
iminente, não adiantaria fugir, pois aparentemente estava só naquele local, não
havia a quem pedir ajuda, e mesmo que fugisse, seria perseguido e cedo ou tarde
encontrado; o melhor a fazer era encarar quem, ou o que, quer que fosse aquilo.