domingo, 25 de dezembro de 2011

Contos de Natal — Um presente a Annabelle


A rua era de paralelepípedos, mas a cor predominante era o marrom avermelhado da lama barrenta. A névoa cobria tudo ao seu redor; nada era visível, mas, de alguma forma, em sua mente formava-se a imagem do ambiente ao redor, como se já tivesse estado ali antes.
Caminhou até um encontro de duas ruas, a perna ainda doendo por causa daquele ferimento; a placa na esquina indicava que viera pela Rua Nove e que a sua frente, perpendicularmente a esta, estava a Rua Quinze. Dali avistou uma sombra três ruas à frente, no cruzamento com a Rua Dezoito. Algo o vez permanecer naquela via — mesmo que o perigo fosse iminente, não adiantaria fugir, pois aparentemente estava só naquele local, não havia a quem pedir ajuda, e mesmo que fugisse, seria perseguido e cedo ou tarde encontrado; o melhor a fazer era encarar quem, ou o que, quer que fosse aquilo.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Três vidas…


Muitos apontariam para mim e me chamariam de louco caso algum dia eu lhes contasse os fatos que aqui descrevo, mas peço que, se realmente estiver disposto a continuar lendo este meu relato, não me veja como o monstro que todos, inclusive eu mesmo, insistem, em dizer que sou; preciso apenas de alguém que me entenda e saiba que o que fiz não foi totalmente errado.
Para que possam me entender, peço que se recordem do sentimento que nos toma quando estamos apaixonados. Se alguém que estiver lendo nunca sentiu isso, então é melhor que interrompa a leitura imediatamente.
Começarei então com uma descrição de um passado que agora me parece distante.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A Um Ausente

Bem, antes de postar, quero deixar claro q o nome do título é o nome de um poema de Carlos Drummond de Andrade, que se encontra ao final desta história. Não levo muito jeito para escrever, mas vou me empenhar de coração. Boa leitura ^^/

domingo, 11 de dezembro de 2011

Prelúdio



Volto ao local que, quando criança, proporcionou-me grande alegria. Nele tive amigos inesquecíveis que guardo apenas no coração, pois já não tenho contato com os mesmos.
                A antiga escola, hoje não mais ativa, me traz lembranças que jamais esquecerei. A bela Janine, namoradinha de infância; o esquisito Eduardo, colecionador de sapos e formigas; Felipe, o hiperativo da classe.
Na sala de estar, encontro a velha poltrona de Sra. Dorothy, frente à lareira coberta de cinzas. Subo as escadas e me deparo com o corredor, sigo então para meu antigo dormitório, onde lá encontro minha velha bola de futebol, esta já murcha, em decorrência dos anos que passaram. Encontro também meu pequeno saco de bolas de gude e muita poeira.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A Lonely Death


Certa vez me disseram que todos necessitam de uma razão para existir, uma raison d’êntre. O meu maior problema é que nunca a encontrei; nunca tive real motivo para viver, as coisas simplesmente aconteciam a minha volta sem que fizesse diferença para mim, logo, eu não intervinha no decorrer da existência — era desnecessário ao mundo.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Amigos...


01 de novembro.
— Ontem eu percebi que o ano está acabando. — disse Juliana.
 “Notei isso há vários meses”, pensei eu, embora venha esse tempo todo tentando negar que, mesmo que não acabe, a amizade do nosso grupo — nosso pequeno grupo, nossa família — talvez se torne um pouco menos presente.
Então me surgiu a ideia de escrever este texto para agradecê-los e dizer a eles o grande significado que têm em minha vida — e por que não, uma vez que descobri que me expresso melhor escrevendo do que falando.

Enquanto escrevemos nosso próximo texto, procure a criança, ela está te olhando...


Um talento nato...


         
            Bruna toca piano, teclado e violão desde muito cedo, com um detalhe, ninguém nunca a ensinou...
            É difícil alguém nascer com um talento desses, mas quando nasce e põe em prática vira isso aí, uma grande cantora e quem sabe uma grande música no futuro...

Temptation


Criando extremo pavor
A tentação acometeu
E sequer o amor
Sequer este prevaleceu

O relógio e o tempo


        Em certa aldeia as pessoas viviam felizes e sem problemas, cada dia era vivido alegre e intensamente.
Existia no vilarejo um grande relógio de ouro, situado no alto de uma torre, ao centro da cidade. Todos os habitantes do povoado viviam na dependência dele, que a cada uma hora fazia com que o sino que sobre a torre estava tocasse, alertando as pessoas de que o tempo  passava, e assim todos conseguiam viver, porém...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Primeiro post — Árvore sem o rio

Primeira postagem do blog, uma enorme responsabilidade sobre meus ombros. Espero que gostem. Ou que pelo menos se divertam.
O texto a seguir surgiu em minha mente quando tive a ideia de criar uma espécie de metáfora, então talvez alguém não entenda seu real significado. Todavia, peço que comentem sobre o que acharam, críticas são sempre bem vindas e seria interessante saber qual os estilos que mais agradam.